#editorial
Numa data como hoje, há exatos 5 anos, iniciei minha quarentena voluntária, que começou no dia em que a faculdade onde estudava, em João Pessoa (PB), suspendeu as aulas presenciais como medida preventiva (entre as várias) contra o então novo coronavírus. O isolamento social era, na época, uma das formas de evitar o contágio do vírus e recomendado pelas autoridades sanitárias como uma das formas de prevenção contra o vírus que, no dia 11 de março de 2020, a Organização Mundial da Saúde declarou o surto como pandemia global.
Segundo a OMS, o planeta chegou a pouco mais de 777 milhões de casos e 7 milhões de mortes. No Brasil, 39,1 mil registrados e quase 715 mil vidas perdidas, segundo dados do Ministério da Saúde. O diretor-geral da entidade, Tedros Adhanom, disse, em uma conferência do anúncio do fim da emergência global em maio de 2023, que a COVID-19 virou nosso mundo de cabeça para baixo. Por mais que seja, apenas, uma crise sanitária, causou uma grave turbulência econômica, interrompendo viagens e negócios e mergulhando milhões na pobreza.
Durante esse período até aqui, muita coisa mudou. É claro que não vou mencionar tudo o que aconteceu até aqui. Mas pelo que observei (nas últimas semanas) em reportagens de jornais e, até, artigos e textos publicados aqui neste blog, muitas lições foram aprendidas. Entre os maiores legados desse período, destacam-se o avanço científico e o papel essencial do jornalismo profissional. A otimização dos estudos clínicos e o desenvolvimento, em tempo recorde, de vacinas demonstraram o poder da ciência quando incentivada e valorizada. Da mesma forma, a informação precisa e a comunicação transparente tornaram-se ferramentas fundamentais para salvar vidas e combater a desinformação.
A então professora de psicologia da saúde da Universidade Vrije de Bruxelas, Elke Van Hoof, relatou a BBC News Mundo, serviço em espanhol da estatal britânica, que o que vivemos há cinco anos atrás foi 'o maior experimento psicológico da história' da humanidade. Segundo a reportagem, os impactos emocionais e sociais da pandemia ainda se fazem sentir em todo o mundo, exigindo reflexão e cuidado com a saúde mental.
Em 5 de maio de 2023, a OMS declarou que a COVID-19 deixou de ser uma Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional. A vacinação foi um dos fatores determinantes para essa mudança de cenário. No entanto, o fim da pandemia ainda não foi decretado, e os desafios persistem. Aos poucos, a vida retorna ao normal, mas não podemos esquecer este tempo de um presente sem amanhã, como definiu a historiadora Lilia Schwarcz no programa 'Canal Livre', da TV Bandeirantes, em 2020. Não podemos esquecer, também, a quantidade de mortes, as imagens de UTIs lotadas e de sepulturas cavadas, como menciona a líder técnica da entidade, Maria Van Kerkhove.
Expresso minha solidariedade irrestrita aos familiares das vítimas da COVID-19. Aos profissionais de saúde que trabalharam arduamente durante esse período, o meu reconhecimento, o meu respeito e a minha gratidão! Que possamos aprender com este capítulo sombrio e construir um futuro onde a ciência, a solidariedade e a empatia sejam sempre prioridades.
*Descrição da foto: Primeira-página do jornal O Globo (Rio de Janeiro, RJ) publicado em 6 de maio de 2023 destacando o fim da emergência global da COVID-19.
/ PALAVRAS-CHAVE: pandemia, COVID-19, quarentena, vacinação, ciência, isolamento, saúde, jornalismo, história, reflexão.
REFERÊNCIAS //
1. World Health Organization
Coronavirus disease (COVID-19)
2. BBC News Brasil / 10 de março de 2025
«5 anos da pandemia de covid-19: quatro legados positivos do 'maior experimento psicológico da história'»
*Consultado em 14 de março de 2025.
3. G1 Jornal Nacional / 5 de maio de 2023.
«OMS declara o fim da emergência global de Covid»
*Consultado em 14 de março de 2025.
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