quinta-feira, 24 de março de 2022

Uma crônica de um verão que teve de tudo em 2022


#Verao2022 

*Descrição da foto: Orla de Cabedelo (PB), exibida no programa especial 'Verão Nordeste', da TV Globo Nordeste, em 22 JAN 2022.

#cronica 
*Por Luciano Amorim. 

Às 12:33 UTC-3 do último domingo (20) ocorreu o Equinócio que marcou o fim de mais um Verão e início do Outono no Brasil e no Hemisfério Sul. E, por mais que seja uma transição gradual para o período pré-pandemia, a alta estação deste ano teve de tudo. A cobertura especial iniciou em janeiro, dentro da edição #20 do 'Almanaque Semanal', com a promessa de conteúdos específicos pelo subtema especial na coluna e em outros posts deste tipo - como o da trilha sonora especial, preparada por este que vos escreve, como fiz no Verão dos dois anos anteriores. Mas, infelizmente, ficou pelo meio do caminho por problemas operacionais. E pra não passar em branco, resolvi destacar alguns pontos principais que marcaram a estação mais quente do ano.

O Verão de 2022 marcou o retorno de grande parte dos festivais musicais - com a flexibilização de atividades anunciadas pelas autoridades locais antes das festas de Fim de Ano. Entretanto, houve preocupação com um surto de gripe (fora de época) que, segundo os infectologistas, era da nova variante: a Ômicron. Porém, a maioria dos casos eram leves. Aliás, teve ponto de testagem na Arena Fest Verão em Cabedelo (PB). 8 dos 12 principais festivais consultados pelo editor foram realizados este ano, sendo 6 no Litoral da Paraíba e 3 em Cabedelo - considerado, segundo a Prefeitura, a capital do Verão Brasileiro. Em Pitimbu, destaque para o Beach Summer Fest que, com a presença de Bell Marques como principal atração, foi um evento que deu no que falar e ficou para a história, tanto para a cidade e região quanto para o próprio festival. 
 
Teve um evento em andamento que foi cancelado por causa da atualização do decreto do Governo Estadual com medidas restritivas para evitar o contágio. Foi no Litoral de Pernambuco. A segunda noite do Festival Verão Tamandaré foi substituída por um mini evento com até 3 mil pessoas. Enquanto isso, os festivais Planeta Atlântida (RS), Pitimbu Fest (PB), Festival de Verão de Salvador (BA) e Bye Bye, Verão (BA) foram cancelados e adiados para o ano que vem. 
 
Entre os Esportes de Verão que dominaram nesta alta estação estão o Beach Tennis e o Frescobol, além do Futevôlei, Windsurf e Kitesurf. Mas como a cada Janeiro do ano, Pitimbu (PB) transforma a capital do Futebol de Areia com o seu tradicional Torneio de Beach Soccer - considerado um dos maiores campeonatos a nível nacional. Nesta 5ª edição, além da estrutura da arena com arquibancada coberta para torcedores, com capacidade de até 2.600 pessoas, e a participação do jogador Edson Hulk, pivô da Seleção Brasileira e jogava pelo Boca Juniores, houve a transmissão das partidas ao vivo, de forma inédita, pelas redes sociais da Prefeitura com produção da DJC Mídia. Participaram 13 equipes divididas em quatro grupos. A final foi decidida entre River x Boca Juniores, duas equipes que são rivais muitos conhecidos no futebol argentino e sul-americano. Quem ganhou foi o Boca. 
 
O famigerado Torneio de Beach Soccer faz parte do calendário dos Jogos de Verão em Pitimbu, que vai do Futevôlei até as aulas de dança. Sem contar com a Corrida do Caíco, na Praia de Acaú, que a 27ª edição foi realizada em 16 de janeiro num domingo de céu claro, muito calor e de maré baixa. 
 
O Verão deste ano ficou marcado pelas tendências da moda Neon. A reportagem publicada no jornal Zero Hora (Porto Alegre, RS) do dia 6 de Janeiro destacava a peça luminosa em lojas da principal avenida de Tramandaí, Litoral Norte do Rio Grande do Sul, de moda praia até acessórios. Pelas descobertas, como o Mirante de Vidro no Morro das Galhetas em Guarujá (SP), plataforma de vidro suspenso a 45 metros acima do nível do mar com vista panorâmica para a Praia do Tombo. Aliás, paisagens naturais ganharam destaque em programas especiais deste tipo nas estações de TV locais e nacionais. Destaque para os especiais 'Verão Nordeste' (TV Globo Recife) e 'Band Verão Nordeste' (Band Bahia). Este último teve uma caravana que percorreu nove Estados da região mostrando, além de belezas do Litoral, a gastronomia e a música.
 
E a música é o que não pode faltar na estação do Sol. Enquanto o Forró estilizado ('pisadinha' ou 'piseiro') e Sertanejo Universitário dominaram as paradas populares nas Rádios e nas plataformas digitais de música neste período, o Pop e o Eletrônico continua sendo um dos ritmos musicais que embalam neste período, como a canção 'Come With Me', de Surfaces e Salem Ilese, mencionada nas postagens dos Stories de cada usuário no Instagram. Mas com a canção 'Envolver', de Anitta, tornou-se um hit nas últimas semanas e parou no Top 10 Mundial do Spotify - sendo a primeira brasileira a entrar na categoria e a canção latina mais ouvida na plataforma. 
 
Por essas e outras, o Verão deste ano teve de tudo, dentro e fora das ondas do mar. Em particular, confesso que tinha vontade de aproveitar muito a alta estação curtindo dias de sol na praia depois de meses recluso me cuidando e com a retomada gradual após vacinado as duas doses (sendo que a terceira dose, a de reforço, tomei em janeiro). Ou até registrar momentos na praia. Mas, infelizmente, por motivos de força maior, não deu. Apesar disso, aproveitei o possível a estação do Sol que, para este que vos escreve, ficou, mais uma vez, na LEMBRANÇA.
 
Se em 2021 foi ATÍPICO e SEM GRAÇA, o Verão de 2022 foi marcado pela TRANSIÇÃO. Com a certeza de uma grande alta temporada no próximo ano, quando a pandemia global passar. Começou a contagem regressiva para o Verão de 2023 (daqui a 272 dias - contados a partir da data desta postagem) que, para este que vos escreve, será INESQUECÍVEL.

*Com informações do Portal do Litoral PB, Site GE.globo (Globo Esporte), Zero Hora, Portal GZH (Rádio Gaúcha e Zero Hora), O Estado de S. Paulo, G1 PE, G1. 

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domingo, 20 de março de 2022

Bem-vindo, Outono!


Neste domingo, 20, às 12:33 UTC-3, acontece o Equinócio que marca o início do Outono aqui no Brasil e em países no Hemisfério Sul. E a Primavera na Europa, os Estados Unidos e países do Hemisfério Norte. E pra marcar a data, compartilho um texto do blog 'Poetas em Rede' e publicado no meu antigo blog em 20 de Março de 2013. 

Em uma Tarde de Outono, 
por Olavo Bilac 

Outono. Em frente ao mar. Escancaro as janelas
Sobre o jardim calado, e as águas miro, absorto.
Outono... Rodopiando, as folhas amarelas
Rolam, caem. Viuvez, velhice, desconforto...

Por que, belo navio, ao clarão das estrelas,
Visitaste este mar inabitado e morto,
Se logo, ao vir do vento, abriste ao vento as velas,
Se logo, ao vir da luz, abandonaste o porto?

A água cantou. Rodeava, aos beijos, os teus flancos
A espuma, desmanchada em riso e flocos brancos...
Mas chegaste com a noite, e fugiste com o sol!

E eu olho o céu deserto, e vejo o oceano triste,
E contemplo o lugar por onde te sumiste,
Banhado no clarão nascente do arrebol... 

O Outono é a estação que antecipa o Inverno, que começa às 06:13 UTC-3 do dia 21 de junho.

 *NOTA:  *Texto do post publicado no meu antigo blog 'Por Dentro das Notícias' em 20 de Março de 2013.

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sexta-feira, 11 de março de 2022

Pandemia, ano 2


#editorial

Nesta sexta-feira (11) completou dois anos em que a Organização Mundial da Saúde declarou o surto do novo coronavírus como pandemia global. Naquela época, a China, onde tudo começou, começava a declinar a epidemia enquanto a Itália vivia a situação gravíssima - virando até epicentro. Foi naquela época também que autoridades locais e nacionais começaram a adotar medidas restritivas para conter o avanço do contágio como fechamento de cinemas e suspensão de eventos esportivos e culturais. Segundo a edição do jornal O Estado de S. Paulo (São Paulo, SP) do dia seguinte, era 118 mil infectados em 114 países, além de 4.291 mortes. 
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Doze meses se passaram e o planeta tinha um número mil vezes maior de casos com 120 milhões de infectados e 2,6 milhões de vidas perdidas - dados do WorldOMeters às 22:00 UTC-2 do dia 11 de março de 2021. Aliás, o ano passado foi o pior em número de casos e de óbitos. Mais doze meses depois e o planeta já tem mais de 450 milhões de infectados e 6 milhões de vidas perdidas - dados do WorldOMeters às 21:00 UTC-2 desta sexta-feira (11). O pior momento da pandemia no planeta foi entre o final de dezembro do ano passado e início do janeiro deste ano, com recordes de casos conhecidos chegando até 3 milhões por dia devido a disseminação da variante Ômicron.
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Quando a pandemia global foi declarada pela OMS em março de 2020, a China era o epicentro da doença. Um ano depois, os Estados Unidos era o epicentro global com o maior em números absolutos de casos e óbitos e o Brasil, que vivia o PIOR MOMENTO desde o início, com o maior número de óbitos por dia. Este ano, os Estados Unidos continua sendo com o maior em números absolutos de casos e óbitos. Entretanto, Coreia do Sul e Alemanha registram casos diários acima de 200 mil. 
São dois anos convivendo com um TEMPO DE UM PRESENTE SEM AMANHÃ (como diz a escritora Lilia Schwarcz). Quando eu escrevi um editorial sobre o primeiro ano da pandemia na edição #19 da coluna 'ALMANAQUE SEMANAL' publicado em abril de 2021, mencionei que a sensação que tinha, nos primeiros doze meses, se resumia a três palavras: EXAUSTOS, PERPLEXOS e PERDIDOS. Estas três palavras ainda existem nos dias de hoje. Mas apesar deste CAOS que estamos vivendo, jamais percamos a FÉ e ESPERANÇA em DIAS MELHORES. 
ESPERANÇA que veio com a descoberta das vacinas que começaram a ser aplicadas no final de 2020 e seguia de forma gradual. Entre o final do primeiro semestre e início do segundo semestre de 2021, alguns países registravam queda de casos e de óbitos. Segundo o Our World In Data da Universidade de Oxford, cerca de 63% da população mundial com a primeira dose (cerca de 5 bilhões) e 56,5% (cerca de 4,45 bilhões) com a segunda dose - dados desta quinta-feira (10). 
Com o avanço da vacinação - o que influencia autoridades locais e nacionais anunciarem suas flexibilizações de atividades, a expectativa é que a OMS irá anunciar, no segundo semestre deste ano - entre agosto e dezembro, a notícia cada vez mais esperada no mundo inteiro: o fim da pandemia - que passará a se tornar uma endemia. Entretanto, seguimos 'atentos e vigilantes', como diz a jornalista Renata Vasconcellos no 'Jornal Nacional' (TV Globo). 
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E cabe a cada um de nós fazer a nossa parte porque a responsabilidade é COLETIVA como diz o diretor-geral da Organização Mundial da Saúde, Dr. Tedros Adhanom Ghebreyesus, na coletiva da entidade no dia 6 de janeiro: "a pandemia não vai acabar até que a gente acabe com ela". O momento ainda é de cautela e prudência. Mas é uma LUZ no fim do túnel.

*Com informações do G1 Jornal Nacional.

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