sábado, 20 de fevereiro de 2021

#verao2021 :: Os 25 anos do maior festival da alta estação


Nos dias 9 e 10 de Fevereiro de 1996, foi realizada a primeira edição do Planeta Atlântida, no Litoral Norte do Rio Grande do Sul. Naquela época, o evento fez parte das comemorações do 20º aniversário da Rádio Atlântida. Entre as atrações na primeira edição, que reuniram cerca de 60 mil pessoas em dois dias, estavam Titãs, Rita Lee e Papas da Língua. Duas décadas e meia se passaram e o evento se transformou em um dos maiores festivais de música do verão brasileiro. E o local em que foi realizada a primeira edição permanece até hoje: sede campestre da Sociedade Amigos do Balneário Atlântida, na Praia de Atlântida, em Xangri-Lá. 


Em 25 edições, mais de 2 milhões de pessoas já passaram pelo Festival. Entre as atrações, foram mais de mil e trezentas. O artista que participou mais vezes - e que é a cara do festival - é o Armandinho (13). Já O Rappa (extinto, com 15), Jota Quest (em atividade, com 14), Skank (em atividade, com 13) e Charlie Brown Jr. (extinto, com 11) são as bandas ou grupos musicais que participaram mais vezes. Ambas, no palco principal. 

O objetivo do Festival é trazer grandes revelações das paradas de sucesso tanto nos últimos meses (as mais recentes) quanto no Verão. Grandes nomes da música brasileira e estrangeira passaram pelo festival. Entre as atrações nacionais (e locais) estão Ivete Sangalo, Paralamas do Sucesso, Lulu Santos, Chimarruts e Melim. Entre as atrações internacionais estão Fito Páez, Men At Work, SOJA, Taio Cruz, Donavon Frankenreiter, Capital Cities, Jason Mraz e Clean Bandit. 

Em 14 de fevereiro de 1998, o Festival foi realizado em Santa Catarina pela primeira vez. Durante 17 anos, a edição catarinense foi realizada em três locais diferentes de Florianópolis: Praia de Jurerê (1998 a 2001); Praia de Canasvieiras (2002 a 2010); e Sapiens Parque (no bairro de Cachoeira do Bom Jesus, entre 2011 a 2014). Charlie Brown Jr. (hoje extinta, com 13), Armandinho (com 11) e O Rappa (hoje extinta, com 11) foram os artistas e bandas que se apresentaram mais vezes na edição catarinense.

Em duas décadas e meia, o festival teve despedidas. A de Mamonas Assasinas na primeira edição de 1996 no RS - um mês antes do trágico acidente de avião em Guarulhos, na Grande São Paulo, e a de Tim Maia, na edição catarinense de 1998, um mês depois da morte do cantor.

Além disso, teve dois casos que chamaram a atenção. Na edição catarinense de 2001, no dia 27 de janeiro - segunda noite, o show do cantor Lulu Santos foi interrompido quando as paredes laterais que sustentavam um dos telões caíram sobre um dos fios da rede elétrica, devido à forte chuva que atingiu a cidade de Florianópolis, derrubando parte da estrutura de ferro do palco. Várias pessoas ficaram feridas com o acidente. Ainda faltam quatro bandas para se apresentar, mas devido ao fato ocorrido, a festa terminou mais cedo. Dois meses depois, a RBS acabou realizando um show gratuito na Avenida Beira-Mar, no dia 25 de março, com alguns dos artistas que deveriam ter se apresentado na quarta edição, que são O Rappa, Engenheiros do Hawaii, Raimundos e Carlinhos Brown.

Em 2013, na edição gaúcha do Planeta, o festival estava marcado para os dias 2 e 3 de fevereiro, devido a tragédia que matou 242 pessoas na Boate Kiss em Santa Maria - que aconteceu na madrugada de 27 de janeiro, o evento foi transferido para os dias 15 e 16 do mesmo mês. Algumas atrações como Charlie Brown Jr., RPM e Thiaguinho tiveram que cancelar a participação por não conseguirem alterar seus compromissos de agenda. Na 18ª edição, teve homenagens aos parentes das vítimas da tragédia e de muita energia positiva.

Outro detalhe que também me chamou a atenção são os espaços temáticos e áreas de lazer como tirolesa e roda gigante. Além do Palco 360 graus usados em 2010 e 2011 nas edições gaúcha e catarinense. 

Atualmente, o Festival é transmitido pela Internet, no G1 RS (na íntegra), e na TV, no Multishow (desde 2016 e que transmite grande parte do evento). Nos anos anteriores, o evento era transmitido pela TVCOM, canal local do Grupo RBS transmitido por cabo e UHF codificado para Porto Alegre, até 2015. No Rádio, a Atlântida transmite na íntegra para Rio Grande do Sul e Santa Catarina.

Este ano, o Festival não aconteceu em virtude da pandemia da COVID-19 que foi declarada pela Organização Mundial da Saúde em 11 de março do ano passado e que ainda está em curso. O anúncio do cancelamento foi em setembro. Em o comunicado, a organização diz que não combinaria o Festival 'em um formato drive-in ou realizar uma live'. Com o tom de otimismo, a organização começou a contagem regressiva para a 26ª edição no verão do ano que vem, em 2022. Uma atitude sensata e responsável. 

Na última edição, a 25ª, mais de 75 mil pessoas passaram nos dias 31 de janeiro e 1º de fevereiro. Foram 51 atrações divididas em três palcos. Entre as atrações no Palco Planeta estavam Vitor Kley, Kevinho, Dilsinho, IZA, Luan Santana, Dennis DJ, Melim, Dado e Bonfá tocam Legião Urbana, Natiruts, Gusttavo Lima, Anitta, Alok e KVSH. Já Gabriel Elias, 3030, Luísa Sonza, Lagum, Don Diablo, Jão, Nenhum de Nós, Vitão, Fresno e Raimundos foram as atrações no Palco Atlântida.


O Planeta Atlântida é um evento que virou tradição no calendário do Verão brasileiro e tem, como sempre, uma mistura de ritmos. Este que vos escreve acompanho o festival desde 2010 e confesso que é um dos maiores e melhores da estação mais quente do ano no país. E grande parte das atrações que estão na minha trilha sonora, dentro e fora do verão, conheci ou descobri graças ao Festival, como Clean Bandit nos Verões de 2019 e 2020. Quem sabe um dia, quando a 'poeira' da pandemia passar, estarei presenciando a 'maior festa do planeta'.

Este ano, o Festival não aconteceu. Mas no ano que vem (ou no outro), o Planeta Atlântida voltará com a 26ª edição. E, assim como outros eventos (dentro e fora da Alta Temporada), voltará mais forte. Afinal, #soquemvaisabe - como diz o slogan! 

*Com informações do Site Oficial do Planeta Atlântida e G1 RS.

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