Os festivais musicais da alta estação de 2023

*Descrição da foto: primeira edição do Festival Verão On na Praia de Intermares, em Cabedelo (PB), realizada nos dias 1 e 7 de janeiro deste ano.

Faltam pouco mais de dois meses para o Solstício que marca o início da estação mais quente do ano aqui no Brasil e no Hemisfério Sul. E todo mundo sabe que Verão combina com música - e também com os festivais (grande parte ocorrem no litoral brasileiro). A medida que mais uma alta temporada nos aproxima, os festivais musicais anunciam neste período, em suas redes sociais, suas edições do próximo ano. Até aqui, oito principais festivais foram confirmadas. Destes, dois retornam as suas próximas edições depois de dois anos de restrições impostas pela pandemia global da COVID-19. Por isso, resolvi fazer este post sobre alguns eventos deste tipo que irão ocorrer entre janeiro e fevereiro do ano seguinte. 

 • INFO:  Este post está em atualização.

*Atualizado às 22:45 UTC-2 de 14 DEZ 2022

• Fest Verão Paraíba.

Ponta de Campina, Cabedelo, PB. 

No dia 10 de setembro, a organização do Festival anunciou, em um reel (ou vídeo curto) do seu Instagram, a edição 2023. No dia 6 de Outubro, durante o 'Avant Première' no Sea Rooftop do Hotel Oceania no bairro do Bessa (em João Pessoa - PB), foram divulgadas as datas e as atrações como Bell Marques, Nattan, João Gomes, Luan Santana e Bhaskar. A 17ª edição será nos dias 7, 14 e 21 de janeiro na Praia de Ponta de Campina, em Cabedelo (PB). As vendas dos ingressos foram iniciadas no dia 7 de Outubro, pela internet e na bilheteria da Domus Hall.

• Festival de Verão de Salvador.

Salvador, BA.

No dia 19 de setembro, o Bahia Eventos, que organiza do Festival, anunciou a edição 2023 - após dois anos cancelado por restrições impostas pela pandemia global da COVID-19. Além da divulgação de datas, o evento retorna ao Parque de Exposições de Salvador - onde abrigou o festival por 17 edições. Nas outras quatro edições, de 2016 até 2020, o local foi realizado na Arena Fonte Nova. No dia 29 do mesmo mês, foram anunciadas as atrações. Segundo o G1 BA, as apresentações serão em um formato em que os artistas vão subir ao palco juntos para os shows como por exemplo Ivete Sangalo convida Luedji Luna; Gilberto Gil convida Caetano Veloso; Criolo convida Ney Matogrosso; Carlinhos Brown convida Duda Beat e Àttooxxá; Ludmilla convida Gloria Groove; e Saulo com Marina Sena. Com o tema “Somos Mundo”, que estimula os conceitos de liberdade, inclusão, acolhimento e diversidade, a 22ª edição ocorrerá nos dias 28 e 29 de janeiro. As vendas dos ingressos foram iniciadas no dia 5 de Outubro.

• Maraca Summer.

Maracaípe, Ipojuca, PE

No dia 22 de setembro, a organização do Festival anunciou, em um post do seu Instagram, a edição 2023. E, diferente de outros festivais, terá um evento diferente a cada quatro sábados de janeiro, com Baile da Santinha, Trap Beach, Sunset do Samba e Luau de Verão que, respectivamente, contam com Leo Santana, Felipe Ret, Thiaguinho e Melim. O evento ocorrerá nos dias 7, 14, 21 e 28 de janeiro em Maracaípe - perto de Porto de Galinhas (em Ipojuca, PE). Os ingressos estão disponíveis pela internet.

• Verão Lovina.

Ponta de Campina, Cabedelo, PB.

No dia 28 de setembro, a organização do Festival anunciou, em um reel (ou vídeo curto) do seu Instagram, a edição 2023. No dia 18 de outubro, foram divulgadas as datas e as atrações como Mari Fernandez, Pedro Sampaio e Jonas Esticado. Estes ocorrem nos dias 6, 15 e 22 de janeiro na Praia de Ponta de Campina, em Cabedelo (PB). Antes, no dia 3 de dezembro, terá Saulo e Fica Comigo e Ala Ursa no dia 23 de dezembro - antevéspera do Natal. Além do Réveillon Lovina, na noite da virada do ano para 2023 que conta com Vitor Fernandes e Ramon Schnayder. A pré-venda já foi esgotada, mas os ingressos já estão disponíveis na internet.

• Verão On.

Intermares, Cabedelo, PB.

No dia 30 de setembro, a organização do Festival anunciou a edição 2023, primeiro em um reel (ou vídeo curto) do seu Instagram e depois em um post com um trecho da canção 'Deep Down' de Never Dull e Alok. Alok que, inicialmente, seria cotado para se apresentar na edição do ano seguinte e foi confirmado no dia 6 de outubro que contará também com Menos é Mais. Estes dois últimos se apresentaram na primeira edição em janeiro deste ano. Além da dupla Maiara e Maraísa. A segunda edição ocorrerá nos dias 1 e 6 de janeiro na Praia de Intermares, em Cabedelo (PB). A pré-venda iniciou no dia 6, mas esgotou em 14 de outubro. Os ingressos estão disponíveis desde o dia 5 de Novembro.

• Beach Summer Fest.

Pitimbu, PB.

No dia 14 de outubro, a organização do Festival anunciou a edição 2023, primeiro em um post do seu Instagram e depois em um reel (ou vídeo curto) da mesma rede social. Nesta sexta-feira (28), foram divulgadas as primeiras atrações: Raí Saia Rodada e Alazim Coreano. A 4ª edição será nos dia 7 de janeiro em um local indefinido de Pitimbu (PB). As vendas de ingressos iniciaram nesta quarta-feira (9).

• Blitz na Praia.

Pitimbu, PB.

No dia 19 de setembro, a organização do Festival anunciou, em um reel (ou vídeo curto) do seu Instagram, a edição 2023. No dia 20 de outubro, foram divulgadas as datas e as atrações como Mari Fernandez, Priscila Senna, Àvine (Vinny) e Glicio (Lee). A 3ª edição será nos dias 8 e 15 de janeiro em Pitimbu (PB). Os ingressos estão disponíveis desde esta segunda-feira (7). 

• Planeta Atlântida.

Atlântida, Xangri-lá, RS.

No dia 24 de Outubro, a organização do Festival anunciou a edição 2023 - após dois anos cancelado por restrições impostas pela pandemia global da COVID-19. Com promoção da Rádio Atlântida e realização do Grupo RBS e DC Set Group, a 26ª edição, que será a maior de toda a história como garante o líder de produto da Rádio Atlântida e comunicador Alexandre Fetter ao G1 RS, ocorrerá nos dias 3 e 4 de fevereiro na na Sede Campestre da Sociedade Amigos do Balneário Atlântida (Saba) em Xangri-lá, Litoral Norte do Rio Grande do Sul. As atrações serão divulgadas em breve. A pré-venda ocorreu no último dia 4 de novembro, mas esgotou no mesmo dia. Nesta segunda-feira (7), iniciaram a venda oficial de ingressos.

• Verão Tamandaré.

Tamandaré, PE.

No dia 27 de Novembro, foi confirmado, em seu perfil oficial no Instagram, a edição 2023 que ocorrerá nos dia 7 e 14 de Janeiro. Entre as atrações estão João Gomes, Raphaela Santos, Mari Fernandez e Priscila Senna. Os ingressos estão disponíveis pela internet.

• Soul Summer Festival.

João Pessoa, PB.

No dia 30 de Novembro, foi confirmado, em reels do seu Instagram, a edição 2023 que ocorrerá no dia 20 de Janeiro. Com o tema 'O Verão do Amor' - em tradução livre, o festival terá Vintage Culture como principal atração. Segundo a organização, a venda de ingressos começará em breve, assim o local onde o evento será realizado.

Até o momento, ainda não foram anunciadas as edições do ano seguinte dos festivais Pitimbu Fest (a programação musical da Festa do Senhor do Bonfim) e Bye, Bye Verão. Estes dois últimos são organizados pelas prefeituras de Pitimbu (PB) e Vera Cruz (BA), respectivamente. Como este post estará em atualização - como mencionei no início deste post, irei publicar assim que tiver uma novidade sobre estes eventos mencionados. 

*Com informações do Site Turismo em Foco, Jornal da Paraíba, G1 PB e G1 BA, @hojetemjp (Instagram e Twitter), G1 RS e Portal GZH (Rádio Gaúcha e Zero Hora).

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#REPOST :: A telenovela que dominou a década de 2010

Este ano completa 10 anos da exibição original da telenovela 'Avenida Brasil', da TV Globo. A trama escrita por João Emanuel Carneiro e dirigida por Amora Mautner, José Luiz Villamarim e Ricardo Waddington, a trama foi exibida, no horário das 21h, entre os dias 26 de março e 19 de outubro e conta a história de Rita (Débora Falabella). Aos 11 anos, a personagem (inicialmente interpretada pela atriz Mel Maia) sofreu com a madrasta Carminha (Adriana Esteves), que, com a ajuda do amante, armou para Genésio (Tony Ramos), pai da menina. Após ser abandonada pelos vilões em um lixão, Rita foi adotada por um um casal de argentinos. Doze anos depois, Rita, agora Nina, volta para o Brasil e é contratada pela ex-madrasta, que não a reconhece. E o desenrolar da história, você sabe (embora que alguém que nos lê tenha assistido)... 

Naquela época, a novela parou o país, principalmente a partir do capítulo 100 até o último capítulo. Ganhou repercussão nas rodas de conversa e nas redes sociais. E curtiu com a versão da canção, por Don Omar e Lucenzo, de um ritmo africano de origem angolana como tema de abertura. Uma década se passou e o folhetim ainda é lembrada por seus personagens marcantes. Na semana em que completou 10 anos da exibição do seu último capítulo, deixo aqui o repost publicado no meu antigo blog publicado na semana seguinte, e você confere a seguir.

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#OiOiOi: Avenida Brasil terminou em altos e baixos, mas foi a novela do ano (de 2012)

 *NOTA:  *Parte do texto do post publicado no meu antigo blog 'Por Dentro das Notícias' em 22 de Outubro de 2012. DETALHE: Neste texto, houve uma alteração.

O Brasil todo parou para assistir ao último capítulo da novela "Avenida Brasil", exibido na sexta-feira (passada), 19, e reprisado no (último) sábado, 20, na TV Globo. A novela que, com uma mistura de humor, drama e futebol, retratou a ascensão da classe emergente no país.

A novela começou no dia 26 de março e durante sete meses, o 'Divino' foi o bairro mais próximo dos brasileiros. E o desfecho da história dos moradores do bairro e do lixão hipnotizou, apaixonou, e capturou a atenção de milhões de brasileiros no Brasil e reconhecido no mundo.

Nos últimos capítulos, a imprensa destaca como seria o último capítulo da novela. Quase acertou todas, mas o jornal Extra, do Rio de Janeiro, noticiou na manchete de capa na quarta-feira, que Carminha foi a autora que matou o Max. E não foi que acertou. De acordo com o periódico carioca, a capa virou destaque nas redes sociais. 

*Descrição da foto: Jornais do Rio e de Santa Catarina deram a destaque da novela durante a semana. O principal foi o do Extra, do Rio de Janeiro (RJ).

Mas no dia do último capítulo da novela, o Brasil todo parou. Em várias capitais como Porto Alegre, João Pessoa, São Luís, Aracaju, Manaus, Porto Velho, Rio de Janeiro e São Paulo, e nas cidades, só dá "Avenida Brasil" pra saber 'Quem matou o Max?' que é a Carminha.

O último capítulo da novela, que teve um grande impacto na classe 'C', representada no núcleo do Divino, foi marcado pela redenção de Carminha. Ela salvou Tufão, interpretado por Murilo Benício e Nina, interpretada por Débora Falabella, de serem mortos por Santiago, interpretado por Juca de Oliveira, decidiu não fugir para ser presa e pagar pelos seus crimes. E, três anos depois de ser encarcerada, voltou para o lixão com Lucinda, interpretada por Vera Holtz, para purgar seus pecados.

Uma das cenas mais esperadas era o reencontro de Nina e Carminha. Em vez de brigarem, elas fizeram as pazes. E de forma emocionante. A mocinha e Jorginho, interpretado por Cauã Reymond, foram ao aterro sanitário, onde a ex-vilã voltou a catar lixo, e levaram seu bebê para a avó conhecer.

Mas outros personagens também deram cor a este último capítulo. A revelação do trauma de Adauto, interpretado por Juliano Cazarré, que misturou drama e comédia. Ele roubou a cena com o seu apelido 'Chupetinha'. Após confirmar para Olenka, interpretada por Fabiula Nascimento, que seu segredo é que ele usa chupeta, as brincadeiras nas redes sociais logo começaram, usando o apelido tao temido por ele: Adauto chupetinha. Bom humor também teve Cadinho, interpretado por Alexandre Borges ao se casar com suas três mulheres. Sem falar na comoção dos divinenses ao ver o time entrando para a primeira divisão. A bandeira do clube se tornou a estrela do fim do capítulo ao ser a última imagem congelada.

O último capítulo de “Avenida Brasil” consolidou o sucesso de uma novela que, de ponta a ponta, sensibilizou o público. Segundo estimativas, o final exibido nesta sexta-feira alcançou média de 51 pontos, e há outro dado relevante: de cada 100 televisores ligados, 75 estavam em “Avenida Brasil”, que foi recorde da novela e da programação da Rede Globo este ano. Mas após o gol de Adauto e as comemorações da vitória do Divino, cenas que encerraram a trama, algumas questões ficaram no ar. Conheça as perguntas que não foram respondidas pela novela no site do Extra.

A novela foi tão sucesso, tão sucesso, tão sucesso que repercutiu no mundo inteiro, minutos depois.

As principais agências de notícias internacionais como a Associated Press e a France Press, inclusive as publicações importantes como o jornal Washington Post, dos Estados Unidos, e os jornais britânicos Financial Times e The Guardian, além da televisão britânica BBC, compararam o final da novela com uma final de Copa do Mundo ou como o Carnaval - dois dos eventos mais um importantes do calendário brasileiro.

Já a revista americana Forbes, diz que a audiência espetacular da novela poderia causar sobrecarga no fornecimento de energia elétrica, o que acabou não acontecendo. Todos ressaltaram que o sucesso da novela se deve ao fato de que ela retrata a vida da nova classe média brasileira - eu até concordo.

Para o colunista do jornal 'O Globo', Joaquim Ferreira dos Santos, a novela "Avenida Brasil" mudou as outras novelas da televisão brasileira, nos últimos 60 anos.

"[...] Foram oito meses que desde já entram para a história da televisão como os da novela que mudou tudo. Não havia núcleos secundários, uma protagonista evidente, ninguém deu lição de moral ou ajudou blocos desvalidos da população a serem mais bem reconhecidos pela população. O bem e o mal? Ora, “Avenida Brasil” foi o fim dessas inocências.De uma maneira ou de outra, ninguém prestava. Os homens, com a exceção dos maravilhosos vilões (Max, Santiago, Nilo), eram todos frouxos e de uma burrice que eu vou te contar. As mulheres brilharam. Eram gatorade na veia, falando pelos cotovelos e soltando energia em todas as direções. [...]"

 Joaquim Ferreira dos Santos, colunista do jornal O Globo

*Descrição da foto: A novela repercutiu o mundo como mostra em mapas. A maioria é aqui no Brasil.

O último capítulo da novela parou também nas redes sociais no Brasil e no mundo. Durante a novela, o primeiro assunto mais comentado do mundo, dentro dos #TT's no Twitter, era a "Avenida  Brasil", com a hashtag: #OiOiOiFinal. Entre os dez primeiros tópicos mundiais, cinco eram sobre a novela.

*Descrição da foto: Alguns dos perfis tiveram os 'avatares' congelados, assim como faz o encerramento de cada capítulo da novela. Até eu fiz esta brincadeira. (Risos)

Segundo o jornal A Tarde, de Salvador, "Avenida Brasil" acabou seguindo o mesmo destino de outras tramas de sucesso, com um fim que não teve o mesmo achado da novela inteira, sem agilidade, sem surpreender, apenas enchendo linguiça e ponto.

Pra mim, a novela foi a melhor de 2012. Virou mania nacional ao longo do ano. E quem sabe a novela vai passar no 'Vale a Pena Ver de Novo' daqui há 10, 20 ou 30 anos...

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Pouco mais de um ano após a exibição do último capítulo, a telenovela já foi licenciada por 140 países e dublada em 19 línguas como espanhol, inglês, árabe, grego, polonês, russo e francês. O que tornou-se a mais exportada da TV Globo, superando 'Da Cor do Pecado' (2004, do mesmo autor), que teve seus direitos de exibição adquiridos por 100 países. Tornou-se um fenômeno em todo o mundo e foi líder de audiência em vários países, como Argentina, Uruguai, Portugal e Marrocos. Recebeu 118 indicações e ganhou 41 prêmios, entre eles Emmy Internacional, Troféu Imprensa, Melhores do Ano, Prêmio Contigo! de TV, Troféu APCA, entre outros. A trama foi reexibida na seção 'Vale a Pena Ver De Novo', entre os dias 7 de outubro de 2019 e 1 de maio de 2020, com 150 capítulos. Naquela época, a média geral de audiência foi de 19 pontos, considerando a maior audiência da faixa desde a reprise de 'Alma Gêmea' (2005). Todos os 179 capítulos estão disponíveis no streaming VOD Globoplay - apenas para os assinantes da plataforma.

*Com informações do Memória Globo, Agência Brasil, UOL e Site da TV Globo. / *OBS: Os textos mencionados neste repost foram extraídos por Extra (Rio de Janeiro, RJ), Diário Gaúcho, G1 PB, G1 MA, G1 SE, G1 AM, G1 RO, G1, The Washington Post, Financial Times, The Guardian (UK), BBC News, Forbes, O Globo e A Tarde.

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Os 110 anos do jornal A Tarde

*Descrição da foto: Edição impressa do jornal A Tarde publicada em 25 de fevereiro de 2006 - num sábado de Carnaval, guardado no meu acervo pessoal de jornais (até hoje).

Neste sábado (15), o jornal A Tarde, de Salvador (BA), comemora o seu 110º aniversário. E para marcar esta data, resolvi republicar três posts especiais. Neste post, você confere a história do jornal a partir de fontes que aparece no final deste texto e também uma parte do post do meu antigo blog 'Por Dentro Das Notícias' em 2012, ano em que o jornal completou 100 anos (este último cujo os links são daquela época e não encontram mais nos dias de hoje).

Fundado pelo jornalista e empresário Ernesto Simões Filho (1886-1957) - aos 26 anos de idade, a primeira edição foi publicada em 15 de outubro de 1912 e se tornou marco no "jornalismo moderno" da Bahia naquela época, como conta a jornalista Ana Spannenberg em seu artigo no site Jornal Grande Bahia. Inspirado pelo carioca A Noite, de Irineu Marinho (1876-1925), fundado em 1911 e sem capital aberto, os primeiros números foram impressos numa velha Marinoni manual - que permitia a impressão de até 10 mil exemplares, instalada num pardieiro à rua da Preguiça. Começou a circular com apenas quatro páginas, mas, rompendo os padrões tradicionais do jornalismo. Em 1914, o periódico passou a produzir suas próprias peças.

Foi o primeiro do Norte e Nordeste a usar o sistema de linotipos, na década de 1920, rodado na antiga sede do Banco do Brasil, na rua Santos Dumont. O periódico ficou conhecido como defensora das causas públicas da Bahia, moderna e que tinha o seu fundador no centro de um furacão por conta da ascensão de Getúlio Vargas ao poder e a instalação do Estado Novo, uma ditadura. A jornalista Cleidiana Ramos, em seu texto na seção A Tarde Memória publicada em 10 de outubro do ano passado, conta que na época, essa fase foi de campanhas pela liberdade de expressão, defesa da autonomia baiana diante da intervenção federal, mas também de perseguições, atentados, exílio e a censura ao jornal durante 11 dias.

*Descrição da foto: Prédio antigo do jornal A Tarde próximo a Praça Castro Alves, no centro de Salvador. O jornal funcionava no local desde a fundação até 1975.

Em março de 1930, mudou de endereço para o antigo prédio que funcionava próximo a Praça Castro Alves, no centro de Salvador. Em março de 1975, o jornal mudou mais uma vez para no bairro de Caminho Das Árvores, onde existe até hoje. Após a desocupação do prédio pelo jornal, o imóvel caiu em decadência com o passar do tempo chegando a ser abandonada e sua estrutura comprometida. Até que em 2007, foi comprado pelo grupo de hotelaria Fasano. Foi restaurada e em 2018, foi inaugurado e foi mencionado na revista estadunidense Time como um dos 'cem melhores hotéis do mundo'.

*Descrição da foto: Prédio atual do jornal A Tarde no bairro Caminho das Árvores, em Salvador.

Em janeiro de 2016, o Grupo A Tarde foi vendido para a holding paulista Piatra SP Participações S/A. Dois meses depois, a Família Simões retomou a propriedade em decorrência do “descumprimento de cláusula fundamental por parte do grupo que se mostrou interessado na aquisição do controle acionário da companhia”, como diz a nota de esclarecimento.

Ao longo de um século e uma década, o jornal, inicialmente vespertino que mais tarde virou matutino, acompanhou os principais acontecimentos da Bahia, do Brasil e do Mundo. Pandemias, guerras mundiais, todas as Copas do Mundo FIFA™ e Jogos Olímpicos de Verão marcaram as grandes coberturas. E, desde então, tem sido um porta-voz dos interesses da sociedade e da democracia, registrando, acima de tudo, os fatos marcantes ocorridos na Bahia.

*Descrição da foto: Gráfica do jornal A Tarde em Salvador.

A inovação associada a tecnologia está presente desde o seu início até os dias de hoje. Além das evoluções gráficas como as de 2003, de 2006 (mais moderno) e de 2009 (este último que dura até hoje). Conquistou dois prêmios: Esso de Jornalismo categoria Regional Nordeste (1998 e 2003) e Vladmir Herzog na categoria Arte (2007). Em 2011, o jornal inaugurou o seu acervo digital na Biblioteca Pública da Bahia, em Salvador. Foram digitalizadas desde o ano de fundação até o dia 31 de dezembro de 1999. Iniciado em abril de 2009, o trabalho permitiu a digitalização de cerca de 750 mil páginas, que poderão ser consultadas gratuitamente no local. Entretanto, segundo o jornal, o acesso para pesquisas no local deve ser previamente agendado e é pago.

Uma das referências da imprensa baiana em geral, o jornal é líder em circulação no Estado e nas regiões Norte e Nordeste do Brasil, com uma tiragem de 8,5 mil exemplares - além de 40,1 mil em edições digitais (dados do Instituto Verificador de Circulação em Junho de 2022). Entre a segunda parte da década de 1990 e a primeira metade da década de 2010, o jornal tinha uma variedade de suplementos que vai de Turismo até Vestibular (quem não se lembra do 'famigerado' caderno 'Dez!'?!). Do mundo Rural até a Revista da TV. Da Informática até o Cultural e do 'A Tardinha'. Com o passar da segunda metade da década passada, o periódico reduziu o número de páginas e conteúdo, por motivos de crises como a da econômica, e atualmente circula, diariamente, em dois ou três cadernos - sendo duas divididas em duas partes. Além de cadernos especiais em ocasiões eventuais.

Outro destaque é o 'Esporte Clube', que inicialmente circulava como caderno em formato tabloide e atualmente está na segunda parte do primeiro caderno. Além do 'Muito', publicado nas edições dominicais que começou como revista e, com o passar do tempo, transformou em suplemento. 

No mais, PARABÉNS e VIDA LONGA ao A Tarde! E, nesta data, cumprimento aos profissionais e funcionários que trabalham (ou trabalhavam) no jornal!

> Nos próximos posts, você confere o meu caso com o jornal A Tarde além de fotos da edição publicada no sábado de carnaval de 2006 que está guardada no meu acervo pessoal de jornais até hoje. Além do fragmento do post especial em homenagem ao centenário. Ambos do meu antigo blog 'Por Dentro Das Notícias' em 2012, ano em que o jornal completou 100 anos.

Fontes: Edições de A TARDE; História da Bahia (Luis Henrique Dias Tavares); A TARDE (Consuelo Novais Sampaio, colaboração especial, CPDOC, FGV)

http://www.fgv.br/cpdoc/acervo/dicionarios/verbete-tematico/tarde-a 

*Com informações do Wikipedia, A Tarde, Site Jornal Grande Bahia e Site Poder 360.

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Meu caso com o jornal A Tarde

 *NOTA:  *Parte do texto do post publicado no meu antigo blog 'Por Dentro das Notícias' em 15 de Outubro de 2012. DETALHE: Neste texto, houve uma alteração.

Neste sábado, o jornal A Tarde, de Salvador (BA), comemora o seu 110º aniversário. E para marcar esta data, resolvi republicar três posts especiais. Neste post, você confere o meu caso com o jornal A Tarde além de fotos da edição publicada no sábado de carnaval de 2006 que está guardada no meu acervo pessoal de jornais até hoje.

Pra mim, o jornal A Tarde é um periódico que me marcou na minha infância. Eu me lembro quando eu morava na Ilha de Itaparica, que fica na Região Metropolitana de Salvador, tive o primeiro contato com o jornal A Tarde, já aos 7 anos. Foi em outubro de 2001.

Durante toda a minha infância, eu pedi para o meu (saudoso) pai pra comprar um exemplar do periódico. Nos supermercados, nos mercadinhos, nos pontos de venda próximo a lancha (ou melhor, a travessia Mar Grande/Salvador), nas bancas de jornais, nos gazeteiros, até nos ferry-boats... Enfim, onde eu passava, sempre pedi para o meu pai comprar um exemplar e lia o jornal A Tarde quando eu era criança.

Um dos fatos que mais me marcaram o jornal A Tarde, naquela época em que morei lá, foi a conquista do PENTACAMPEONATO da seleção brasileira da Copa do Mundo FIFA™ de 2002, que este ano completou 20 anos. No dia seguinte, eu pedi pro meu pai pra comprar um exemplar, que circulava em edição extra horas após o término da partida, e eu li a edição especial do periódico. Poderia ser uma recordação pra vida toda, mas...

E eu tenho uma edição do jornal A Tarde, em Fevereiro de 2006, no meu acervo de jornais. Eu não comprei o jornal, mas o meu pai comprou e trouxe de lá. Era uma edição especial de carnaval.

A partir daí, quando eu começava a ler os jornais daqui da Paraíba e de Pernambuco, além de São Paulo, do Rio e até do Natal, eu nunca mais eu não li o jornal da minha terra. Faz 6 anos...

Abaixo, veja algumas imagens do jornal A Tarde, no dia 25 de fevereiro de 2006, num sábado de carnaval. Essa eu tenho guardado no meu acervo de jornais. As fotos foram tiradas por mim.

Em meu nome, cumprimento aos profissionais e funcionários que trabalham no jornal. E VIDA LONGA ao A Tarde!

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#REPOST :: O especial sobre os 100 anos do jornal A Tarde

A Tarde entra para os jornais dos centenários 

 *NOTA:  *Parte do texto do post publicado no meu antigo blog 'Por Dentro das Notícias' em 15 de Outubro de 2012. DETALHE: Neste texto, houve uma alteração.

Nesta segunda-feira (15), o jornal A Tarde completa 100 anos. Isso mesmo, um século de informação com credibilidade aos baianos. O jornal foi fundado em 15 de outubro de 1912, quando o jornalista Ernesto Simões Filho, aos 26 anos de idade, fundou seu próprio veículo de comunicação impresso.

*Descrição da foto: Prédio antigo do jornal A Tarde próximo a Praça Castro Alves, no centro de Salvador. O jornal funcionava no local desde a fundação até 1975.

Foi assim que em 1924, o jornal não recuou diante da censura contra uma série de matérias que denunciavam irregularidades praticadas por um médico. Por conta da ação do periódico, o Tribunal Superior de Justiça, equivalente hoje ao Tribunal de Justiça da Bahia, pronunciou-se pela primeira vez e, de forma unânime, contra a censura à imprensa.

Esta tendência do periódico foi mantida mesmo diante de obstáculos sérios como a depredação das suas instalações em 4 de outubro de 1930 por manter posição oposta à do grupo político que tomou o poder naquele ano sob a liderança de Getúlio Vargas, cujo governo se tornou uma ditadura com graves consequências  para a liberdade de imprensa.

O novo governo trouxe outro elemento que iria de encontro aos princípios defendidos por A Tarde: a Bahia foi posta em intervenção federal, perdendo a sua autonomia. Sob o lema "a Bahia não se dá, não se vende e não se empresta", Ernesto Simões Filho, fundador do jornal enfrentou o poder do interventor Juracy Magalhães. Sua coragem rendeu-lhe um atentado, a censura do jornal por 11 dias e até um exílio na Europa. Mas nada disso foi suficiente para que ele abdicasse da sua luta.

A postura de Simões Filho em tempos tão difíceis fez a batalha pela liberdade de expressão, um princípio tão caro ao Estado brasileiro que hoje está incluído nos direitos fundamentais da sua Constituição, assumir outras posturas heroicas. Foi assim que em 1960 o jornal abriu espaço para publicar um editorial do jornal cubano Prensa Libre, que havia sido censurado pelo regime de Fidel Castro.

Em 1968, o jornal preferiu abdicar de comentar política devido à censura imposta pelo Ato Institucional nº 5, o AI-5. Esta posição firme fez com que a sua credibilidade fosse sedimentada e levou o jornal fundado por  Simões Filho a crescer e se tornar um grupo de comunicação formado por outros canais que acompanham o avanço tecnológico na área de informação.

Em março de 1975, o jornal mudou de endereço no bairro de Caminho Das Árvores, onde existe até hoje.

Os novos produtos correspondem à demanda imposta pelas transformações  da sociedade que são cada vez mais dinâmicas. Para cumprir este objetivo é necessário investir em tecnologia o que também sempre foi uma marca do periódico.

Assim, a cada ano, o jornal consolida-se como um grupo que consegue manter a credibilidade e, consequentemente, defender os princípios nos quais acredita. Isso é fundamental num contexto em que o debate sobre a liberdade de imprensa e as responsabilidades que este direito traz se impõe. A discussão é complexa e ainda necessita mobilizar a atenção da sociedade brasileira.

Questões como o controle externo da mídia e suas consequências, regulamentação de novas plataformas como a internet, dentre outras, mexem com os mais variados setores da sociedade, gerando discussões acaloradas. São em momentos como este que a credibilidade de um grupo de comunicação é importante para mediar um tema crucial à manutenção de um Estado democrático de direito como é o brasileiro.

Fonte: A Tarde e Wikipedia (com referências).

*Descrição da foto: Grandes coberturas marcaram o jornal A Tarde.

Ao longo do seu centenário, o jornal A Tarde acompanhou os mais importantes acontecimentos dos séculos XX e XXI no Brasil e no mundo, como os atentados do 11 de setembro, a comemoração do PENTA em 2002, os carnaval, grandes coberturas... E desde então tem sido um porta-voz dos interesses da sociedade e da democracia, registrando, acima de tudo, os fatos marcantes ocorridos na Bahia.

*Descrição da foto: Os cadernos e editorias do jornal A Tarde. 

Em 2003, o jornal teve um novo projeto gráfico, teve mais uma 'reciclagem gráfica' em julho ou agosto de 2006 e no dia 30 de agosto de 2009, o jornal A Tarde ganhou novo projeto gráfico, mais moderno e mais bonito, as mudanças vão desde a inserção de novas cores e tipologia à criação de conteúdos e têm como objetivo facilitar a vida do leitor, tornando a leitura mais agradável e rápida.  As reformulações são resultado de estudos realizados ao longo de seis meses conduzidos por profissionais do próprio jornal.

Uma das mudanças é a tipologia desenvolvida pelo designer alemão Lucas de Groot para tornar a leitura mais agradável. Para o editor de arte do jornal, Pierre Themotheo, explica que o projeto gráfico valoriza as fotos, ilustrações e infografias, diminuindo número de interferências visuais que não agregam valor informativo. Os cadernos e seções do jornal também ganharam uma nova paleta de cores.

No ano passado, o jornal inaugurou o seu acervo digital na Biblioteca Pública da Bahia, em Salvador. Foram digitalizadas desde o ano de fundação até o dia 31 de dezembro de 1999. Iniciado em abril de 2009, o trabalho permitiu a digitalização de cerca de 750 mil páginas, que poderão ser consultadas gratuitamente no local.

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Então, parabéns a equipe do jornal A Tarde pelo seu centenário e o periódico entra para os jornais que existem há mais de 100 anos, como o Diario de Pernambuco, no Recife/PE, Correio do Povo, em Porto Alegre/RS, O Estado de S. Paulo, Diário de S. Paulo, A Cidade, de Ribeirão Preto/SP, etc...

Feliz Aniversário, A TARDE! 100 anos!

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