#editorial
Nesta sexta-feira (11) completou dois anos em que a Organização Mundial da Saúde declarou o surto do novo coronavírus como pandemia global. Naquela época, a China, onde tudo começou, começava a declinar a epidemia enquanto a Itália vivia a situação gravíssima - virando até epicentro. Foi naquela época também que autoridades locais e nacionais começaram a adotar medidas restritivas para conter o avanço do contágio como fechamento de cinemas e suspensão de eventos esportivos e culturais. Segundo a edição do jornal O Estado de S. Paulo (São Paulo, SP) do dia seguinte, era 118 mil infectados em 114 países, além de 4.291 mortes.
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Doze meses se passaram e o planeta tinha um número mil vezes maior de casos com 120 milhões de infectados e 2,6 milhões de vidas perdidas - dados do WorldOMeters às 22:00 UTC-2 do dia 11 de março de 2021. Aliás, o ano passado foi o pior em número de casos e de óbitos. Mais doze meses depois e o planeta já tem mais de 450 milhões de infectados e 6 milhões de vidas perdidas - dados do WorldOMeters às 21:00 UTC-2 desta sexta-feira (11). O pior momento da pandemia no planeta foi entre o final de dezembro do ano passado e início do janeiro deste ano, com recordes de casos conhecidos chegando até 3 milhões por dia devido a disseminação da variante Ômicron.
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Quando a pandemia global foi declarada pela OMS em março de 2020, a China era o epicentro da doença. Um ano depois, os Estados Unidos era o epicentro global com o maior em números absolutos de casos e óbitos e o Brasil, que vivia o PIOR MOMENTO desde o início, com o maior número de óbitos por dia. Este ano, os Estados Unidos continua sendo com o maior em números absolutos de casos e óbitos. Entretanto, Coreia do Sul e Alemanha registram casos diários acima de 200 mil.
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São dois anos convivendo com um TEMPO DE UM PRESENTE SEM AMANHÃ (como diz a escritora Lilia Schwarcz). Quando eu escrevi um editorial sobre o primeiro ano da pandemia na edição #19 da coluna 'ALMANAQUE SEMANAL' publicado em abril de 2021, mencionei que a sensação que tinha, nos primeiros doze meses, se resumia a três palavras: EXAUSTOS, PERPLEXOS e PERDIDOS. Estas três palavras ainda existem nos dias de hoje. Mas apesar deste CAOS que estamos vivendo, jamais percamos a FÉ e ESPERANÇA em DIAS MELHORES.
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ESPERANÇA que veio com a descoberta das vacinas que começaram a ser aplicadas no final de 2020 e seguia de forma gradual. Entre o final do primeiro semestre e início do segundo semestre de 2021, alguns países registravam queda de casos e de óbitos. Segundo o Our World In Data da Universidade de Oxford, cerca de 63% da população mundial com a primeira dose (cerca de 5 bilhões) e 56,5% (cerca de 4,45 bilhões) com a segunda dose - dados desta quinta-feira (10).
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Com o avanço da vacinação - o que influencia autoridades locais e nacionais anunciarem suas flexibilizações de atividades, a expectativa é que a OMS irá anunciar, no segundo semestre deste ano - entre agosto e dezembro, a notícia cada vez mais esperada no mundo inteiro: o fim da pandemia - que passará a se tornar uma endemia. Entretanto, seguimos 'atentos e vigilantes', como diz a jornalista Renata Vasconcellos no 'Jornal Nacional' (TV Globo).
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E cabe a cada um de nós fazer a nossa parte porque a responsabilidade é COLETIVA como diz o diretor-geral da Organização Mundial da Saúde, Dr. Tedros Adhanom Ghebreyesus, na coletiva da entidade no dia 6 de janeiro: "a pandemia não vai acabar até que a gente acabe com ela". O momento ainda é de cautela e prudência. Mas é uma LUZ no fim do túnel.
*Com informações do G1 Jornal Nacional.
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